domingo, 11 de maio de 2008

ARQUITECTURA


Álvaro Siza Vieira



Nome: Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira
Data de Nascimento: 25 de Junho de 1933
Naturalidade: Matosinhos
Profissão: Arquitecto


Siza Vieira é um consagrado arquitecto português com reconhecimento internacional. Siza Vieira realizou obras emblemáticas como o Pavilhão de Portugal da Expo'98, a Igreja de Santa Maria, em Marco de Canaveses, ou o Museu de Arte Contemporânea da Galiza. A sua obra pode ser encontrada em vários pontos do mundo além de Portugal.

Formou-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto, que frequentou de 1949 a 1955. Numa primeira fase da sua obra, foi influenciado por nomes internacionais da arquitectura, mas, rapidamente, conseguiu afasta-se dessas influências e adaptou-se a uma linguagem própria baseada num desenho claro e limpo, nos planos horizontais, na clareza das formas, no requinte do espaço. Criou marcos arquitectónicos na história da arquitectura portuguesa como a Casa de Chá, as Piscinas de Matosinhos, o Museu de Serralves, a igreja de Marco de Canaveses, ou mais recentemente, o Museu para a Fundação Iberê Camargo, no Brasil. Álvaro Siza Vieira marcou uma nova linguagem arquitectónica, mas consegue, constantemente, reinterpretar-se ou mesmo redesenhar-se.




Casa de chá



Museu de Serralves


Bairro da Lapa

Prémios
1992 -
Prémio Pritzker
1996 - Prémio Secil
2000 - Prémio Secil
2001 - Prémio Wolf, categoria de Artes
2006 - Prémio Secil



Vídeo: A Casa de Chá

CIÊNCIAS

Egas Moniz

Nome: António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz
Data de Nascimento: 29 de Novembro de 1874

Naturalidade: Avanca
Data de Falecimento: 13 de Dezembro de 1955
Local de Falecimento: Lisboa
Profissão: médico, neurologista, investigador, professor, político e escritor
Local onde realizou a instrução primária: Escola do Padre José Ramos
Local onde realizou o curso liceal: Colégio de S.Fiel
Licenciatura: Medicina
Universidade onde realizou a sua licenciatura: Universidade de Coimbra

António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz, nasceu no dia 29 de Novembro de 1874 em Avança e morreu no dia 13 de Dezembro de 1955, na cidade de Lisboa. Egas Moniz foi médico, neurologista, investigador, professor, politico e escritor. Realizou o ensino primário no colégio de S. Fiel e tirou a licenciatura em Medicina na Universidade de Lisboa.
Egas Moniz foi galardoado com o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina em 1949.






Rómulo de Carvalho - António Gedeão

Nome: Rómulo Vasco da Gama Carvalho
Data de Nascimento: 24 de Novembro de 1906

Data de Falecimento: 19 de Fevereiro de 1997
Naturalidade: Lisboa
Nome do Pai: José Avelino da Gama Carvalho
Naturalidade do Pai: Tavira
Nome da Mãe: Rosa da Dores Oliveira da Gama Carvalho
Naturalidade da Mãe: Faro
Profissão: Professor, Pedagogo, investigador de História na ciência de Portugal, divulgador da ciência e poeta.




No ano de 1928, matriculou-se no curso de Ciências Físico-Químicas. A partir de 1946, foi director da conhecida revista “Gazeta da Física” e exerceu este cargo até ao ano de 1974.No ano de 1952, iniciou a sua vida de escritor, publicando uma colecção de livros.
Em 1956, com o pseudónimo de António Gedeão publicou o seu primeiro livro de poesia, de seu nome “Movimento Perpétuo”.
Rómulo de Carvalho teve uma actividade de divulgação científica.
Para além, desta actividade, entre os anos de 1953 e 1975, fez manuais de ensino para as disciplinas de Ciências da Natureza e Ciências Físico-Químicas.Nas suas aulas, procurou sempre cativar os alunos, através do ensino experimental.


Cronologia pessoal e literária


  • Em 1912, Rómulo de Carvalho entra no colégio de Santa Maria, com 5 anos de idade. Neste mesmo ano, faz a sua primeira composição poética conhecida, com apenas 5 anos.

  • Em 1914, termina o ensino primário, com 8 anos. Como ainda não tinha idade para se matricular no liceu, permaneceu na mesma escola ajudando a professora a ensinar os outros alunos. Também aproveitou para aprender a língua francesa.

  • Em 1919, a família muda-se para a Calçada do Monte, onde Rómulo passa a sua juventude.

  • Em 1925, completa o 7ºano do liceu e recorda dois grandes professores que teve: Fidelino Figueiredo e Câmara Reis. Neste mesmo ano, matricula-se na Universidade de Lisboa, no curso Preparatório de Engenharia Militar.
  • Em 1927, faz a apresentação da revista no Teatro de S. Carlos, em Lisboa.

  • Em anos 1928 e 1929, Rómulo de Carvalho decide mudar de curso e matricula-se na Universidade do Porto, no curso de Ciências Físico-Químicas, para seguir a carreira de professor do ensino secundário.
  • Em 1930 e 1931, termina a licenciatura em Ciências Físico-Químicas, com 15 valores.

  • Em 1931, Rómulo de Carvalho é “julgado incapaz de todo o serviço militar, podendo angariar subsistência”.

  • Entre os anos 1933 e 1974, dá aulas de Físico-Química em vários liceus.
  • Em 1934, casa pela primeira vez.

  • Em 1936, nasce o seu filho Frederico.

  • Em 1945, casa pela segunda vez desta vez com Maria Natália Paiva Nunes.

  • Em 1950, muda-se para Coimbra onde irá permanecer até 1957.

  • Em 1956, o “Movimento Perpétuo”, recebe a sua primeira crítica, assinada por David Mourão, no Diário Popular.

  • Em 1957, regressa a Lisboa, onde irá permanecer até á data da sua morte. Neste mesmo ano é eleito Vogal da Direcção da Sociedade Portuguesa de Química e Física.

  • Em 1958, com o pseudónimo António Gedeão publica o poema “Declaração de Amor”, do livro Máquina de Fogo.
  • Em 1959, Rómulo de Carvalho publica “Historia da Fundação Real dos Nobres e de Lisboa”.

  • Em 1964, com o pseudónimo António Gedeão publica “ Poema para Galileo”.
    Em 1970, recebe o prémio “ Pozal Domingues”

  • Em 1973, com o pseudónimo António Gedeão publica a obra de ficção “A Poltrona e outras novelas”.

  • Em 1976, Rómulo de Carvalho inicia o estudo do material de Ciências Experimentais que havia na Academia das Ciências. Durante dois anos, Rómulo de Carvalho faz um inventário de um total de 202 peças, sendo muitas delas por ele reparadas e colocadas de novo em funcionamento. Organiza as fichas e a conveniente arrumação do material.

Bibliografia:

Poesia
Movimento Perpétuo, 1956
Teatro do Mundo, 1958
"Declaração de Amor", 1959
Máquina de Fogo, 1961
Poesias Completas, 1964
Linhas de Força, 1967
"Soneto", 1980
"Poema para Galileu", 1982
Poemas Póstumos, 1984
"Poemas dos textos", 1985
Novos Poemas Póstumos, 1990

Ficção
A poltrona e outras novelas, 1973




Carvalho Rodrigues

Nome: Fernando Carvalho Rodrigues
Data de nascimento: 28 de Janeiro de 1947
Licenciatura: Física
Universidade onde fez a sua licenciatura: Universidade de Lisboa
Doutoramento: Engenharia Electrónica
Universidade onde fez o doutoramento: Universidade em Liverpool

Carvalho Rodrigues é conhecido como “o pai do satélite português”, é o responsável máximo pelo PoSAT que lançou no dia 26 de Setembro de 1993.
Carvalho Rodrigues recebeu muitos prémios entre os quais: Pfizer, a comenda da ordem, Militar de Santiago da Espada e doutor Honoris pela Universidade da
Beira Interior.





Gago Coutinho


Nome: Carlos Viegas Gago Coutinho
Data de nascimento: 17-02-1869
Local de nascimento: Lisboa
Nome do pai: José Viegas gago Coutinho
Nome da mãe: Fortunata Maria Coutinho
Licenciatura: Geógrafo


Carlos Viegas Gago Coutinho nasceu em Lisboa, em 17 de Fevereiro de 1869. Era filho de José Viegas Gago Coutinho e de Fortunata Maria Coutinho. No ano de 1885 concluiu o curso do liceu e matriculou-se na escola politécnica, para um ano depois entrar na escola naval. Em 1886, entrou na armada. Em 1890, passou a guarda marinha. Em 1891, a segundo-tenente. Em 1895, a primeiro – tenente. De seguida , em 1907, entrou no posto de capitão – tenente e, em 1915, no posto de capitão – de – fragata. Depois de 1920, a capitão – de – mar e guerra. Em 1928, foi posto de vice – almirante. Por último, em 1958, a almirante
A actividade de Gago Coutinho está dividida em quatro áreas: marinha de 1893 a 1898; trabalhos geográficos entre 1898 e 1920; navegação aérea, de 1919 a 1927 e historia náutica e dos descobrimentos, de 1925 a 1958.
Gago Coutinho ficou conhecido internacionalmente em 1922, ao realizar, também com Sacadura Cabral, a primeira viagem aérea entre a Europa e a América do Sul. Em 1943, a bordo do veleiro Foz do Douro, refez a rota de Pedro Álvares Cabral na viagem que culminou com a descoberta do Brasil.Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul - 1922

CINEMA

Manoel de Oliveira


Nome: Manoel Cândido Pinto de Oliveira
Data de Nascimento: 12 de Dezembro de 1908
Naturalidade: Porto
Profissão: Cineasta


Manuel de Oliveira começou, muito cedo, a ganhar gosto pelo cinema. O seu pai é o responsável por este facto, pois levava-o ainda criança a ver vários filmes de variados actores. Fez os primeiros estudos no Colégio Universal, no Porto, e posteriormente, no Colégio Jesuíta de La Guardia, Galiza. Mas foi como desportista de ginástica, natação, atletismo e automobilismo, que o seu nome começou por ganhar notoriedade.
Com vinte anos, inscreveu-se na Escola de Actores de Cinema, fundada por Rino Lupo, participando com o irmão, Casimiro de Oliveira, como figurante num filme deste realizador, Fátima Milagrosa (1928). A revista Imagem publicou, em 1930, fotografias suas considerando-o "um dos mais fotogénicos cinéfilos portugueses". Por esta altura, comprou uma máquina Kinamo com a qual começou a filmar Douro, Faina Fluvial, com um fotógrafo amador, António Mendes. Trabalho inspirado no filme de Walter Ruttman - Berlim, Sinfonia de uma Capital (1927). A 21 de Setembro de 1931, estreou a versão muda do Douro, Faina Fluvial, no V Congresso Internacional da Crítica, o qual despertou violentas reacções dos nossos críticos e elogios dos estrangeiros. Críticas que nunca mais deixaram a obra de Manoel de Oliveira.
Em 1933, volta a ser actor, desta vez na Canção de Lisboa, de Cottinelli. Passado um ano, estreou a versão sonora de Douro que o consagrou como cineasta. Todavia, na década de 30, não passaram de projectos Bruma, Miséria, Roda, Luz, Gigantes do Douro, A Mulher que Passa, Desemprego e Prostituição.
Nos anos sessenta consagram Manoel de Oliveira no plano internacional, a partir de Itália e de França: Homenagem no Festival de Locarno, em 1964, e passagem da sua obra na Cinemateca de Henri Langlois – Paris 1965.
A partir de 1971, os elogios e as recompensas aumentaram, através dos vários filmes de Manoel de Oliveira que marcaram uma nova fase no cinema português.







Vídeo: Homenagem a Manoel de Oliveira no Festival de Cinema de Cannes 2008

DESPORTO


Eusébio

Nome: Eusébio da Silva Ferreira
Data de Nascimento: 25 de Janeiro de 1942.
Naturalidade: Lourenço Marques, hoje Maputo, capital de Moçambique.
Profissão: futebolista.


Eusébio da Silva Ferreira nasceu em Lourenço Marques, hoje Maputo, capital de Moçambique e ficou conhecido como Pantera Negra. Eusébio mostrou uma paixão muito forte pelo futebol, entrando numa equipa de bairro criada para as crianças se divertirem e passarem o tempo com uma ocupação útil. A equipa chamava-se "Os Brasileiros", em honra dos heróis das crianças. As crianças adoptaram como alcunhas, os nomes pelos quais eram conhecidos os internacionais da selecção sul-americana. Eusébio adoptou o nome de "Didi". Para muitos, Didi foi o grande craque da selecção brasileira "pré-Pelé". Mais tarde, Eusébio inscreveu-se no clube "O Desportivo", mas não foi aceite. A vontade de jogar futebol era tanta que dirigiu-se ao Sporting de Lourenço Marques, tendo sido aceite. Aí, jogou até vir para Portugal. O seu negócio de transferência ficou mais tarde marcado pela polémica, devido à luta que houve entre os dois rivais de Lisboa para conseguir o passe de Eusébio. No entanto, como o Sport Lisboa e Benfica ofereceu mais dinheiro pelo contrato, Eusébio acabou por ir para o Benfica. No ano de 1960, logo na primeira época de camisola vermelha, o "Pantera Negra" ajudou o Benfica a conquistar a sua segunda Taça dos Campeões Europeus consecutiva.
Antes do Natal de 1960, depois de ter assinado um contrato de 350 contos com o Benfica, chegou a Lisboa. Estreou-se no Estádio da Luz a 23 de Maio de 1961, num jogo amigável contra o Atlético em que marcou 3 golos pelo Benfica. A sua fama internacional surgiu no jogo da segunda final europeia do Benfica, em 1962, contra o Real Madrid. Não só marcou dois golos como fez uma exibição de luxo com as características que o iriam tornar famoso: a velocidade alucinante e o remate fortíssimo. Foi considerado já, nesse ano, o segundo melhor jogador do mundo. A Juventus ofereceu-lhe 16000 contos, em 1964, numa altura em que ganhava 300 contos no Benfica. A tentação era tão grande que o governo de então o enviou para a tropa, não permitindo que se concretizasse a sua transferência. O Benfica acabaria por lhe aumentar o salário para 4000 contos. No mundial de 1966, em Inglaterra, tornou-se definitivamente uma estrela mundial, um rival de Pelé. Jogou ainda pelo Beira-Mar e pelo União de Tomar. Foi uma vez campeão europeu e três vezes finalista europeu, ganhou onze campeonatos nacionais e cinco taças de Portugal, recebeu sete vezes a bola de prata, como melhor marcador do campeonato nacional e duas vezes a bota de ouro como melhor marcador europeu. Em toda a carreira marcou 733 golos.
Eusébio estreou-se na selecção portuguesa a 8 de Outubro de 1961. Em 1966, vestindo a camisola das quinas, foi um dos protagonistas do Campeonato do Mundo jogado em Inglaterra. Logo no primeiro Mundial, Portugal chegou aos quartos-de-final, deixando pelo caminho equipas como a da Coreia do Norte, Hungria e Brasil. Portugal perdeu contra a equipa da casa, num jogo que ficou conhecido pelo "Jogo das Lágrimas". A marca de Eusébio no Mundial de 66 chegou ainda à lista dos melhores marcadores de golos, tendo ficado no topo da lista como o maior goleador da prova. Eusébio obteve a sua última internacionalização a 13 de Outubro de 1973. Em Outubro de 1963 foi seleccionado para representar a equipa da FIFA no festival das "Bodas de Oiro" da "Football Association", no Estádio de Wemble
. Terminou a carreira em 1979, e actualmente faz parte da comitiva técnica da Selecção Nacional Portuguesa e do Sport Lisboa e Benfica.

Vídeo: Eusébio - Pantera Negra

Rosa Mota

Nome: Rosa Maria Correia dos Santos Mota
Data de Nascimento: 29 de Junho de 1958
Naturalidade: Porto
Profissão: atleta – corredora de maratona.


Rosa Mota é considerada por muitos uma das melhores corredoras do século xx.
Em 1980, conheceu José Pedrosa que foi o seu treinador durante toda a sua carreira. Em 1982, Rosa Mota participou na sua primeira maratona que foi também a sua primeira vitória.
Os seus recordes pessoais de distância foram conseguidos em 1985, na maratona de Chicago, com 2 horas 23 minutos e 29 segundos.
Em 1987, foi campeã do mundo em Roma. Em 1988, ganhou o euro olímpico em Seul. Em 1990, voltou a ganhar em Bóston, pela 3ªvez.
Rosa Mota sofreu de ciática, o que não impediu de coleccionar triunfos. Em 1991, ganhou na maratona de Londres. Rosa Mota viu-se a abandonar a corrida e retirou-se das competições quando não acabou a maratona de Londres, em 1992.
Ganhou o prémio Abebe Bilcila pela contribuição no desenvolvimento do treino das corridas de longa distância.
Em 2004, antes das Olimpíadas de 2004, pelas ruas de Antenas, Rosa Mota transportou a chama olímpica.



Vídeo: Rosa Mota na Maratona

ENGENHARIA

Edgar Cardoso

Nome: Edgar António de Mesquita Cardoso
Data de Nascimento: 11 de Maio de 1913
Naturalidade: Porto
Profissão: Engenheiro
Data de falecimento: 2000

A 5 de Agosto de 1935, Edgar Cardoso recebeu a guia para realizar o seu primeiro estágio no Porto de Leixões. O estágio - que consistia no estudo do assoreamento do Porto - foi orientado pelo Engenheiro Gervásio Leite, Director Técnico da APDL. O relatório que deu entrada na Faculdade, a 23 de Outubro, foi apreciado e avaliado com 16 valores pelos Prof.s Teotónio Rodrigues e Antão de Almeida Garrett. O relatório revelava um excelente trabalho, muito ilustrado com desenhos à mão livre de muita qualidade.
Edgar Cardoso realizou, ainda, um outro estágio em Bragança na JAE, já em 1937, ano da sua formatura em Engenharia Civil. Mais uma vez, revelou ser um aluno aplicado, com excelente sentido de projecto e, novamente, desenhos muito bons.
Edgar Cardoso gostava de fazer manualmente todos os seus modelos ignorando assim os computadores e as novas tecnologias.
O professor Edgar Cardoso, verdadeiramente genial como engenheiro, tinha um temperamento difícil que lhe granjeou inimizades, sobretudo entre colegas cujas opiniões nem sempre aceitava bem. Com frequência, se envolvia em polémicas em que a defesa enérgica do seu ponto de vista ultrapassava os limites do razoável. Conta-se que, numa reunião, durante a construção da Ponte da Figueira da Foz, um jovem engenheiro terá sugerido uma alteração a uma indicação do "Professor". Este, logo se irritou: "Ó meu amigo! Em Portugal só há uma pessoa de quem aceito sugestões: o Prof. Joaquim Sarmento da Faculdade de Engenharia do Porto."
Edgar Cardoso envolveu-se na discussão pela segurança da pala de cobertura das bancadas do Estádio de Alvalade, em Lisboa. Numa aparição televisiva mediática, provou a segurança da estrutura com métodos de cálculo próprios e com uns convictos "saltos" sobre a placa.
Corria o ano de 1963 quando gente de todo o Mundo convergiu para a cidade do Porto, para ver cair a ponte da Arrábida no dia da sua inauguração. Já lá vão 45 anos, e o que na época era o maior arco de betão pré-esforçado do planeta contínua firme.
Edgar Cardoso tem várias obras dentro e fora do país como a Ponte Macau-Taipa. Uma das obras mais expressivas de Edgar Cardoso foi a ponte S. João, no Porto, construída com métodos inovadores.
Morreu aos 87 anos, o mais emblemático Engenheiro português e também o mais controverso. Será lembrado como um dos maiores génios da Engenharia Civil portuguesa.





Ponte da Arrábida

Ponte Ferroviária S. João

LITERATURA

Sophia de Mello Breyner

Nome: Sophia de Mello Breyner Andresen Sousa Tavares
Data de Nascimento: 6 de Novembro de 1919
Data de Falecimento: 2 de Julho de 2004
Profissão: Escritora
Género literário: Poesia, teatro, literatura infantil, contos
Primeira obra: Poesia (livro) (1945)
Última obra: Primeiro livro de poesia (1999)


Biografia:
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu, no Porto, a 6 de Novembro de 1919, local onde viveu até aos seus dez anos. A partir desta idade, mudou-se para Lisboa. Viveu no seio de uma família aristocrata. Estudou Filologia Clássica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas nunca chegou a acabar o curso. Inscreveu-se no curso devido ao seu gosto pelo mundo grego. Este seu fascínio fez com que viajasse pela Grécia e pelas regiões mediterrâneas.
Ao casar com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares com quem teve 5 filhos, fixou-se em Lisboa e passou a dividir a sua actividade entre a poesia e a actividade cívica. Sophia interveio na política, opondo-se ao regime salazarista (co-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos) e foi deputada na Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista, após o 25 de Abril. Presidiu o Centro Nacional de Cultura e a Assembleia-geral da Associação Portuguesa de Escritores.
Começou a escrever primeiro para os seus filhos passando mais tarde a ter jovens leitores interessados nas suas obras infantis. As imagens presentes nos livros para crianças devem-se sobretudo aos seus momentos passados nos jardins da sua família e na praia da Granja, espaços de paz e amplitude. As suas viagens pela Grécia também estão referidas nos seus versos, entre os deuses, a natureza e religião cristã.
Na sua actividade literária e, também, política, deu a mostrar ideias justas como a liberdade e integridade moral. A sua formação clássica, com leituras de Homero, reflete-se na depuração, no equilíbrio e na limpidez da linguagem poética, na presença constante da Natureza, na atenção permanente aos problemas e à tragicidade da vida humana.
Durante a sua vida literária foi condecorada com vários prémios: - Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores (1964) - Prémio Teixeira de Pascoaes (1977) - Prémio da Crítica, da Associação Internacional de Críticos Literários (1983) - Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus (1989) - Grande Prémio de Poesia Inasset / Inapa (1990) - Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças (1992) - Prémio 50 anos de Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores (1994) - Homenageada do "Carrefour des Littératures", na IV Primavera Portuguesa de Bordéus e da Aquitânia (1996) - Prémio da Fundação Luís Miguel Nava (1998) - Prémio Camões (primeira mulher portuguesa a recebe-lo) (1999) - Prémio Rosália de Castro, do Pen Clube Galego (2000) - Prémio Max Jacob Étranger (2001) - Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana (2003) Morreu com 84 anos no dia 2 de Julho de 2004.







Bibliografia:
Poesia (livro) (1945)
O Dia do Mar (1947)
Coral (livro) (1951)
No Tempo Dividido (1954)
Mar Novo (1958)
A Menina do Mar (1958)
A Fada Oriana (1º Noite de Natal)
O Cristo Cigano (1962)
Livro Sexto (1962)
Contos Exemplares (1962)
O Cavaleiro da Dinamarca (1964)
O Rapaz de Bronze (1965)
Geografia (livro) (1967)
A Floresta (1968)
Grades (1970)
11 Poemas (1971)
Dual (livro) (1972)
O Nu na Antiguidade Clássica (1975)
O Nome das Coisas (1977)
Navegações (1983)
Histórias da Terra e do Mar (1984)
Árvore
Ilhas (1989)
Musa (1994)
Signo (livro) (1994)
O Búzio de Cós (1997)
Mar (2001) – antologia organizada por Maria Andresen de Sousa Tavares
Orpheu e Eurídice (2001)
Primeiro Livro de Poesia (1999)





José Saramago



Nome: José de Sousa Saramago
Data de Nascimento: 18 Novembro de 1922
Naturalidade: Azinhaga, Golegã
Primeiro emprego: serralheiro mecânico
Profissão: Escritor
Primeira obra: Os Poemas Possíveis – publicada em 1966
Idade: 86 anos




José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, do concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922. Os seus pais foram viver para Lisboa quando ele tinha 2 anos. Passou toda a sua vida na capital, porém fazia visitas à sua aldeia natal. Fez os estudos secundários de liceal e técnico mas não os acabou por causa das dificuldades económicas. No seu primeiro emprego, foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance "Terra do Pecado", em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova". Em 1972 e 1973 , fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975, foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976, vive exclusivamente do seu trabalho literário. José Saramago ficou definitivamente conhecido ao receber o prémio Nobel da Literatura em 1998.

Obras publicadas

Poesia
· Os Poemas Possíveis, 1966
· Provavelmente Alegria, 1970
· O Ano de 1993, 1975



Crónica
· Deste Mundo e do Outro, 1971
· A Bagagem do Viajante, 1973
· As Opiniões que o DL teve, 1974
· Os Apontamentos, 1976



Diário
· Cadernos de Lanzarote I, 1994
· Cadernos de Lanzarote II, 1995
· Cadernos de Lanzarote III, 1996
· Cadernos de Lanzarote IV



Viagem
· Viagem a Portugal, 1981



Teatro
· A Noite, 1979
· Que Farei Com Este Livro?, 1980
· A Segunda Vida de Francisco de Assis, 1987
· In Nomine Dei, 1993



Conto
· Objecto Quase, 1978
· Poética dos Cinco Sentidos - O Ouvido, 1979



Romance
· Manual de Pintura e Caligrafia, 1977
· Levantado do Chão, 1980
· Memorial do Convento, 1982
· O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984
· A Jangada de Pedra, 1986
· História do Cerco de Lisboa, 1989
· O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991
· Ensaio sobre a Cegueira, 1995
· Terra do Pecado
· Todos os Nomes


MATEMÁTICA


Bento Jesus Caraças

Nome: Bento Jesus Caraças
Data de Nascimento: 18 de Abril de 1901
Data de Falecimento: 25 de Junho de 1948
Licenciatura: Matemática


Bento Jesus Caraças nasceu a 18 de Abril de1901, em Vila Viçosa.
É levado, em 1902, para as aldeias de Montoito onde o pai era trabalhador. Terminou a escola primária com distinção e foi para o liceu, em 1911.
Foi para Lisboa, em 1913, e frequentou o liceu Pedro Nunes. Em 1918, inscreveu-se no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.
Em 1919, é nomeado 2º assistente do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras. Foi nomeado professor extraordinário em 1927. Em 1929, concorre ao concurso público com alto louvor e ascendeu à cátedra de Matemáticas Superiores.
Publicou as suas lições em livro “Interpolação e Integração Numérica”, em 1930. Em 1933, participou na conferência na União Cultural Mocidade Livre: “A Cultura Integral do Indivíduo – problema central do nosso tempo”, na qual esboçou um programa de intervenção cultural, cientifico e pedagógico.
Em 1936, fundou, com outros recém doutorados nas áreas da Matemática e da Física, o Núcleo de Matemática, Física e Química. Publicou, em 2 volumes, “cálculo vectorial”, em 1937. Em 1938, fundou com os professores Mira Fernandes e Beirão da Veiga o centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia, numa tentativa de trazer a econometria para Portugal.
Em 1943, foi nomeado presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática. Fez parte da direcção MUNAF (Movimento de União Nacional Anti -Fascista) criado em Janeiro de 1944
Em 1945, fez parte da comissão executiva do MUD (Movimento de União Democrática) – o concelho de Ministros determinou a sua expulsão da cátedra universitária e ficou proibido de exercer a docência em 1946.
Morreu no dia 25 de Junho de 1948, em Lisboa, vítima de doença cardíaca.



José Sebastião e Silva

Nome: José Sebastião e Silva
Data de Nascimento: 12 de Dezembro de 1914
Naturalidade: Mértola
Data de falecimento: 25 de Maio de 1972
Local de falecimento: Sº. Domingos de Benfica, Lisboa
Licenciatura:
Ciências Matemáticas


José Sebastião e Silva nasceu, em Mértola, no dia 12 de Dezembro de 1914.
Licenciou-se em Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências de Lisboa, em 1937, onde foi assistente e regente de Complementos de Álgebra, até 1943.
Em seguida, foi bolseiro no Instituto de Alta Matemática de Roma, de 1942 a 1946, onde se especializou em Análise Funcional.
Doutorou-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em 1948.
Num dos textos que escreveu, introduziu uma noção de convergência que viria a conduzir a uma categoria de espaços localmente convexos – os Espaços de Silva.
Em 1951, foi professor catedrático do Instituto Superior de Agronomia, passando para a Faculdade de Ciências.
Em seguida, foi director do centro de Estudos Matemáticos de Lisboa, durante 20 anos, desenvolvendo uma acção notável na formação de investigadores.
A 21 de Abril de 1966, tornou-se sócio efectivo da Academia de Ciências de Lisboa.
Foi também membro da Comissão Portuguesa de União Matemática Internacional.
Foi considerado por António Aniceto Monteiro, um conhecido matemático internacional, “o maior matemático português”.
Foi presidente da comissão de modernização do ensino de Matemática nos Liceus portugueses onde promoveu “experiências – piloto”, decisivas a nível secundário.
José Sebastião e Silva faleceu na freguesia de S. Domingos de Benfica, situada em Lisboa, na data de 25 de Maio de 1972.
Os seus trabalhos de investigação foram reunidos em 3 volumes de Obra Científica de José Sebastião e Silva (INIC-1985).

MÚSICA





Amália R0drigues

Nome: Amália da Piedade Rebordão Rodrigues
Data de Nascimento: 23 de Julho de 1920, mas celebram o seu aniversário no dia 1 de Julho.
Data de Falecimento:
8 de Outubro de 1999
Profissão: fadista
Anos de vida: 79 anos
Data da primeira música publicada: 1945


Amália Rodrigues, filha de um músico que, tentou a sua sorte em Lisboa, terá nascido, segundo o seu assento de nascimento, às 5 horas de 23 de Julho de 1920 na rua Martim Vaz, na freguesia lisboeta da Pena. Amália pretendia, no entanto, que o aniversário fosse celebrado a 1 de Julho, e dizia : "Talvez por ser essa a altura do mês em que havia dinheiro para me comprarem os presentes".
A sua faceta de cantora cedo se revelou. Amália era muito tímida, mas começou a cantar para o avô e os vizinhos, que lhe pediam. Na infância e juventude, cantarolava tangos de Carlos Gardel e canções populares que ouvia e lhe pediam para cantar . Aos 9 anos, a avó, analfabeta, mandou Amália para a escola, que tanto gostava de frequentar. Contudo, aos 12 anos teve que interromper a sua escolaridade como era frequente em casas pobres. Escolheu, então, o ofício de bordadeira, mas depressa mudou para ir embrulhar bolos. Aos 14 anos, decidiu ir viver com os pais, que entretanto regressaram a Lisboa. Amália tinha que ajudar a mãe. Aos 15 anos, foi vender fruta para a zona do Cais da Rocha e tornou-se notada devido ao especialíssimo timbre de voz. Integrou a Marcha Popular de Alcântara de 1936. O ensaiador da Marcha insistiu para que Amália se inscrevesse numa prova de descoberta de talentos, chamada Concurso da Primavera, em que se disputava o título de Rainha do Fado. Amália acabaria por não participar, pois todas as outras concorrentes se recusavam a competir com ela. Conheceu, nessa altura, o seu futuro marido, Francisco da Cruz, um guitarrista amador, com o qual casou, em 1940. Um assistente recomenda-a para a casa de fados mais famosa de então, o Retiro da Severa, mas Amália recusou esse convite e só em 1939 aceitou cantar nessa casa.
Alcançou um tremendo êxito no Retiro da Severa, onde fez a sua estreia profissional e torn0u-se uma vedeta do fado com uma rapidez notável. Passou a actuar também no Solar da Alegria e no Café Luso. Fazia com que por onde actuasse as lotações se esgotem, inflaccionando o preço dos bilhetes. Estreou-se no teatro de revista , em 1940, como atracção da peça Ora Vai Tu, no Teatro Maria Vitória. Em 1943, divorciou-se a seu pedido. Neste mesmo ano, actuou pela primeira vez fora de Portugal. Em 1944, conseguiu um papel elevado, ao lado de Hermínia Silva, na opereta Rosa Cantadeira, onde interpretou o Fado do Ciúme, de Frederico Valério. Em Setembro, chegou ao Rio de Janeiro acompanhada pelo maestro Fernando de Freitas para actuar no Casino Copacabana. Aos 24 anos, Amália tinha já um espectáculo concebido em exclusivo para ela. A recepção foi de tal forma entusiástica que o seu contrato inicial de 4 semanas se prolongou por 4 meses. Foi convidada a repetir a tournée, acompanhada por bailarinos e músicos. No Rio de Janeiro, Frederico Valério compôs um dos mais famosos fados de todos os tempos: Ai Mouraria, estreado no Teatro República. Em 1947, estreou-se no cinema com o filme Capas Negras, ficando 22 semanas em exibição. Um segundo filme, do mesmo ano, foi Fado, História de uma Cantadeira. Amália foi apoiada por artistas inovadores como Almada Negreiros e António Ferro. Este convidou-a, pela primeira vez , a cantar em Paris, no Chez Carrère, e em Londres, no Ritz. A internacionalização de Amália aumentou com a participação, em 1950, nos espectáculos do Plano Marshall, o plano de "apoio" dos EUA à Europa. O êxito repetiu-se por Trieste, Berna,Paris e Dublin . Em Roma, Amália actuou no Teatro Argentina, sendo a única artista ligeira.Cantou em todo os cantos do mundo. Passou pelos Estados Unidos, onde cantou pela primeira vez na televisão (na NBC), no programa do Eddie Fisher. Convidaram-na para ficar, mas não ficou por que não quer. Cantava o repertório tradicional de uma forma diferente, sincretisando o que é rural e urbano. Cantou os grandes poetas da língua portuguesa (Camões, Bocage), além dos poetas que escrevem para ela. O seu fado de Peniche foi proibido por ser considerado um hino aos que se encontravam presos em Peniche, Amália escolheu também um poema de Pedro Homem de Mello, Povo que lavas no rio, que ganha uma dimensão política. Em 1966, voltou aos Estados Unidos. Neste mesmo momento, o seu amigo Alain Oulman foi preso pela PIDE. Amália deu todo o seu apoio ao amigo e tudo fez para que seja libertado e posto na fronteira.Em 1969, Amália foi condecorada pelo novo presidente do concelho, Marcelo Caetano, na Exposição Mundial de Bruxelas antes de iniciar uma grande digressão à União Soviética.Em 1971, encontrou ,finalmente, Manuel Alegre exilado, em Paris.
Na chegada da democracia, foram-lhe prestadas grandes homenagens. Foi honrada com o grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo então presidente da República, Mário Soares. Em 1989, em França, depois da Ordem das Artes e das Letras, recebeu, desta vez das mãos do presidente Mitterrand, a Légion d'Honneur . Ao longo dos anos que passaram, viu desaparecer o seu compositor Alain Oulman, o seu poeta David Mourão-Ferreira e o seu marido, César Seabra, com quem era casada há 36 anos. Em 1997, foi editado pela Valentim de Carvalho o seu último álbum com gravações inéditas realizadas entre 1965 e 1975. Amália publicou um livro de poemas. Foi-lhe feita uma homenagem nacional , na Feira Mundial de Lisboa. A 6 de Outubro de 1999, Amália Rodrigues morreu com 79 anos, pouco depois de regressar da sua casa de férias no litoral alentejano. No seu funeral, centenas de milhares de lisboetas desceram à rua para lhe prestar uma última homenagem. Sepultada no Cemitério dos Prazeres, o seu corpo foi, posteriormente, trasladado para o Panteão Nacional, em Lisboa (após pressão dos seus admiradores e uma modificação da lei que exigia um mínimo de quatro anos antes da trasladação), onde repousam as personalidades consideradas expoentes máximos da nacionalidade. Amália Rodrigues representou Portugal em todo o mundo, divulgou a cultura portuguesa, a língua portuguesa e o fado.





Madredeus

Ano da fundação do grupo: 1985
Tipo de música: Fado, música popular.
Membros fundadores do grupo: Pedro Ayres Magalhães, Rodrigo Leão,
Novos membros:
Francisco Ribeiro, Gabriel Gomes e Teresa Salgueiro (1987) e Carlos Maria Trindade e José Peixoto (1995).
Primeiro álbum: Os Dias de Madredeus (1987)
Primeiro espectáculo: Açores (1987)
Saída de membros: Francisco Ribeiro e Gabriel Gomes (1996).


Biografia:

Madredeus é um grupo musical português, cuja música resulta da mistura do fado com a música erudita e popular contemporânea. A este grupo pertencem Pedro Ayres Magalhães, Rodrigo Leão, Francisco Ribeiro, Gabriel Gomes e Teresa Salgueiro.
Em 1985, Pedro e Rodrigo formam um grupo. Um ano mais tarde, juntam-se a eles Francisco e Gabriel, mas ainda lhes faltava a vocalista. A escolhida foi Teresa, encontraram-na a cantar fado. Convidaram-na para uma audição, eles gostaram da sua voz e formaram um grupo musical. Criaram o seu primeiro álbum, numa igreja antiga, ao qual chamaram Os Dias de Madredeus surgindo assim o seu nome.
Em 1987, dão o seu primeiro espectáculo ao vivo nos Açores.
Em 1990, criaram o seu 2º álbum, Existir, onde está uma canção chamada O Pastor. Esta música teve muito sucesso, porém o grupo ainda era desconhecido. O grupo deu vários concertos na Bélgica tornando-se conhecido. O grupo ficou ainda mais conhecido devido a um filme publicitário grego se chamar «O Pastor» o mesmo nome da sua canção.
Lançaram mais 2 discos tornando-se famosos no Brasil. Wim Wenders, impressionado com a sua música, convidou-os para musicarem um filme sobre Lisboa, Lisbon Story,tornando o grupo português mais famoso.
Em 1995, entram no grupo novos membros, Carlos Maria Trindade, no lugar de Rodrigo Leão, e José Peixoto (violinista). No ano seguinte, deixam o grupo Francisco Ribeiro e Gabriel Gomes. Em 1997, o novo grupo cria um álbum. Neste ano, entra no grupo Fernando Júdice (baixo acústico).
Em 1998, são a atracção do concerto de abertura da Expo’98.
Desde 2000 laçam novos álbuns.
Teresa Salgueiro tem outros projectos e, no dia 28 de Novembro de 2007, anunciou a sua saída do grupo.

Discografia:
Os Dias da MadreDeus (1987)
Existir (1990)
Lisboa (1992, ao vivo, gravado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa)
O Espírito da Paz (1994)
Ainda (1995, banda sonora de Lisbon Story)
O Paraíso (1997, primeiro álbum com a atual formação do grupo)
O Porto (1998, ao vivo, gravado no Coliseu do Porto, no Porto)
Antologia (2000, coletânea com duas canções inéditas)
Movimento (2001)
Palavras Cantadas (2001, coletânea direcionada ao público brasileiro e abrangendo o trabalho do grupo entre os anos de 1990 e 2000)
Electronico (2002) - releitura eletrônica de vários temas do grupo
Euforia (2002, ao vivo, com a participação da Flemish Radio Orchestra)
Um Amor Infinito (2004)
Faluas do Tejo (2005)
Videografia:
Les Açores de Madredeus (1995) - documentário francês sobre o Madredeus filmado nos Açores, em VHS e DVD
Lisbon Story/Viagem a Lisboa(Portugal)/O Céu de Lisboa(Brasil) (1995) - filme escrito e dirigido por Wim Wenders, em VHS e DVD
O Espírito da Paz (1998) - VHS
O Porto (1998) - concerto ao vivo no Coliseu do Porto, em VHS
Euforia (2002) - concerto ao vivo do Madredeus com a Flemish Radio Orchestra, em DVD
Mar (2006) - registro da apresentação do Madredeus e do Lisboa Ballet Contemporáneo, em DVD





Maria João Pires

Nome: Maria João Pires
Data de Nascimento: 23 de Julho de 1944
Naturalidade: Lisboa
Profissão: pianista
Primeiro concerto: 1949


Maria João Pires, uma das maiores pianistas portuguesas, nasceu a 23 de Julho de 1944, em Lisboa.
Apreendeu a tocar piano com menos de 5 anos e o seu primeiro recital foi aos 5 anos. Com apenas 7 anos, já tocava músicas de Mozart. Recebeu o Prémio Juventude Musical Português aos 9 anos.
Estudou no Conservatório de Lisboa entre 1953/1960, tendo, de seguida, decidido ir estudar para a Alemanha.
Ficou reconhecida internacionalmente em 1970, depois de ter ganho o Concurso Internacional do Bicentenário de Beethoven, promovido pela União Europeia de Radiodifusão.
É, muitas vezes, convidada para tocar em grandes orquestras internacionais.
É dirigente e fundadora do Centro de Belgais criado para impulsionar o estudo de artes em Portugal. No entanto, devido a alguma incompreensão por parte das entidades portuguesas, mudou-se para o Brasil em 2006, declarando à Antena 2, estar a sofrer em Portugal.
Já fez concertos na Europa, Canada, Japão, Israel e Estados Unidos.
A cada momento da sua vida, consegue assumir todos os riscos e nunca dá saltos no escuro.
O seu lado humanista é uma outra característica que a diferenciam. Maria João Pires tem um dom especial para conviver com o universo à sua volta.
É uma espécie de fazedora de sonhos no projecto de Belgais.


PINTURA



Almada Negreiros

Nome: José Sobral de Almada Negreiros
Data de Nascimento: 7 de Abril de 1893
Naturalidade: Trindade, S. Tomé
Data de Falecimento: 15 de Junho de 1970 em Lisboa
Nome do Pai: António Lobo de Almada Negreiros
Nome da Mãe: Elvira Sobral


José Sobral Almada Negreiros foi um pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista. O seu pai era um tenente de cavalaria, que foi administrador do Concelho de São Tomé.

1896- Morte da mãe de Almada Negreiros
1900- O pai de Almada Negreiros é encarregado do Pavilhão das Colónias na Exposição Universal de Paris
1911- Almada Negreiros entra para a Escola Internacional de Lisboa. Nesta escola, Almada Negreiros desenvolverá o seu trabalho, publicando, o seu primeiro desenho na Revista Sátira.
1913- Primeira exposição individual composta por 90 desenhos
1917- Escreve a novela a Engomadeira.
1919- Decide ir para Paris e escreve a Histoire du Portugal par coeur.
1927- Decide ir para Espanha e escreve El Uno, Tragédia de la Unidad, que dedica à pintora Sarah Afonso.
1934- Casa com Sarah Afonso.
1942- SPN (Secretariado Propaganda Nacional) organizará mais tarde a exposição Almada- Trinta Anos de Desenho, e convida-o para apresentar na exposição Artistas Portugueses no Rio de Janeiro.
O SPN, mais tarde, atribuiu a Almada Negreiros o Prémio Columbano, pela sua obra Mulher.
Desde que recebeu este prémio, dedicou-se à pintura, e começou a pintar os vitrais da igreja de nossa senhora de Fátima, pintou o conhecido retrato de Fernando Pessoa, os painéis das gares marítimas de Alcântara e da Rocha Conde de Óbidos, e recebeu o Prémio Domingos Sequeira. Pintou o Edifício da Águas Livres e frescos na Escola Patrício Prazeres. Pintou as fachadas dos edifícios da Cidade Universitária e fez tapeçarias para o Tribunal de Contas e para o Palácio da Justiça de Aveiro.
Com 75 anos, realizou os seus últimos trabalhos, como o Painel Começar na Fundação Calouste Gulbenkian.
1970- Morte de Almada Negreiros a 14 de Junho, no Hospital de São Luis Franceses devido a ataque cardíaco.



Amadeo de Souza Cardoso



Nome: Amadeo de Souza Cardozo
Data de Nascimento: 14 de Novembro de 1887
Naturalidade: Manhufe, freguesia de Mancelos, Amarante
Data de Falecimento: 25 de Outubro de 1918 em Espinho
Profissão: Pintor


Amadeo de Souza Cardoso foi um pintor português, impressionista, expressionista, cubista, futurista da arte moderna.
A sua família era rica e influenciou-o a tirar o curso de Direito, na Universidade de Coimbra, mas desistiu do curso e mudou para o curso de Arquitectura. Como também não gostou do curso, decidiu ir para Paris. No início de carreira era mais conhecido pelas suas caricaturas e desenhos.

1905- Tirou curso de Arquitectura na Academia de Belas Artes em Lisboa.
1908- Instalou-se no número catorze da Cité de Falguière
1910- Instala-se em Bruxelas
1911- Expôs trabalhos no Salon des Indépendants, em Paris.
1912- Publicou um álbum com vinte desenhos
1913- Participou numa exposição nos Estados Unidos da América no Armory Show
1914- Encontrou-se em Barcelona com Antoni Gaudí e parte para Madrid.
1916- Expôs no Porto 114 obras com o título "Abstraccionismo", que serão também expostas em Lisboa.
1918- Morte de Amadeo de Souza- Cardozo, em Espinho, aos 31 anos de idade,
Nos seus últimos trabalhos Amadeo de Souza-Cardoso explora o expressionismo e experimenta novas formas e técnicas, como as colagens e outras formas de expressão plástica.
















Maria Helena Vieira da Silva


Nome: Maria Helena Vieira da Silva
Data de Nascimento: 13 de Junho de 1908
Naturalidade: Lisboa
Data de Falecimento:
6 de Março de 1992, em Paris
Profissão:
pintora

Maria Helena Vieira da Silva foi uma pintora de origem portuguesa, mas que se naturalizou francesa. O seu pai era embaixador e, desde muito cedo, Maria Helena mostrou interesse pelas artes.
Viveu durante sete anos (1940-1947) no Rio de Janeiro com o marido Arpad Szènes, porque o seu marido era de origem judia e num, período de guerra, corria perigo se se mantivesse na Europa.
Maria Helena foi autora de uma série de ilustrações para crianças como por exemplo: Kô et Kô, les deux esquimaux, é o título de uma história para crianças inventada por ela, em 1933.
Participou na Europália, em 1992 e morreu nesse ano.














Paula Rego

Nome: Paula Figueiroa Rego
Data de Nascimento: 26 de Janeiro de 1935
Naturalidade: Lisboa
Profissão: pintora

Paula Rego é uma pintora portuguesa de grande projecção internacional.
Estudou em Londres, na Slade School. A sua obra é conhecida em Portugal, e é representada pela Galeria Marlborough.

1935 – Paula Figueiroa Rego nasce em Lisboa;
1938- A sua família muda-se para Estoril;
1945/1951- Frequenta a St. Julian School, em Carcavelos;
1952-56 – Estuda pintura na Slade School of Art, em Londres
1961 – Expõe pela primeira vez na II Exposição Gulbenkian, onde as suas colagens são imediatamente notadas.
1962 – Expõe com o London Group, ao lado de jovens artistas como Hockney, Auerbach e Michael Andrews.
1965 – Primeira exposição individual, em Lisboa (SNBA), com imediato sucesso crítico.
1967 – Integra a representação de Portugal na Bienal de S. Paulo
1976 – Fixa residência em Londres.
1978 – Participa em «Portuguese Art since, na Royal Academy, Londres. Expõe pela primeira vez na Galeria 111.
1981 – Primeira exposição individual em Londres, na Air Gallery, entidade subsidiada pelo Arts Council.
1983 – Professora convidada na Slade. Exposição «Paitings 1982-3», incluindo a série «Óperas», em Londres, Bristol, Amsterdão e Milão.
1985 – Participa na representação da Grã-Bretanha na Bienal de São Paulo. A Tate Gallery adquire-lhe uma primeira obra. Expõe individualmente, em Nova Iorque. Participa na Bienal de Paris.
1987 – Digressão britânica de «Selected Work 1981-86».
1988 – Retrospectiva na Fundação Gulbenkian e na Serpentine Gallery, em Londres.
1989 – Primeira exposição na Marlborough Gal., Londres.
1990 – Primeira artista associada da National Gallery. Itinerância britânica da série de gravuras «Nursery Rhymes» ao longo de cinco anos.








POLÍTICA


Álvaro Cunhal

Nome: Álvaro Barreirinhas Cunhal
Data de Nascimento: 10 de Novembro de 1913
Naturalidade: Coimbra
Data de falecimento: 13 de Junho de 2005
Local da Morte: Lisboa
Profissão: Político (Partido Comunista) e escritor
Licenciatura em: Direito

Álvaro Barreirinhas Cunhal
nasceu, em Coimbra, a 10 de Novembro de 1913 e morreu, em Lisboa, a 13 de Junho de 2005. Foi um político e escritor português, conhecido por ser um dos mais importantes opositores à política do Estado Novo e por ter dedicado a sua vida a defender o comunismo.
Álvaro Cunhal era filho de Avelino Henriques da Costa Cunhal – advogado, liberal e republicano – natural de Seia, e de Mercedes Simões Ferreira Barreirinhas Cunhal, uma católica dedicada.
Com 11 anos, Álvaro Cunhal foi viver com a família para Lisboa, onde fez os seus estudos secundários, tendo depois, ingressado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde iniciou a sua actividade revolucionária.
ááEm 1931, com dezassete anos, inscreveu-se no Partido Comunista Português e integrou a Liga dos Amigos da URSS e o Socorro Vermelho Internacional.
Em 1934, foi eleito representante dos estudantes no Senado da Universidade de Lisboa.
Em 1935, foi eleito secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas.
Em 1936, após uma visita à URSS, foi mandado para o Comité Central do Partido Comunista.
Ao longo da década de 30, Álvaro Cunhal foi colaborador de vários jornais e revistas como a “Seara Nova” e o “O Diabo”, e nas publicações clandestinas do PCP, o “Avante” e “O Militante”, onde escreveu artigos de intervenção política e ideológica.
Em 1940, foi acompanhado pela polícia à Faculdade de Direito, onde apresentou a sua tese de licenciatura em Direito, sobre a temática do aborto e a sua despenalização, tema pouco vulgar para aquela época. A sua tese, apesar do contexto político pouco favorável, foi classificada com 16 valores.
Devido às suas ideias comunistas e à sua assumida e militante oposição ao Estado Novo, esteve preso em 1937, 1940 e 1949-1960, num total de 13 anos, 8 dos quais em completo isolamento. A 3 de Janeiro de 1960, Álvaro Cunhal, juntamente com outros companheiros, todos pertencentes ao PCP, foram os protagonistas da célebre fuga da prisão-fortaleza de Peniche possível graças a um planeamento muito rigoroso e uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão.
Em 1962, foi enviado pelo PCP para o estrangeiro, primeiro para Moscovo, depois para Paris.
Ocupou o cargo de secretário-geral do Partido Comunista Português, sucedendo a Bento Gonçalves, entre 1961 e 1992, tendo sido substituído por Carlos Carvalhas.
Em 1968, Álvaro Cunhal presidiu à Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental, o que é revelador da influência que já nessa altura detinha no movimento comunista internacional. Neste encontro, mostrou-se um dos mais firmes apoiantes da invasão da então Checoslováquia pelos tanques do Pacto de Varsóvia, ocorrida nesse mesmo ano.
Regressou a Portugal cinco dias depois do 25 de Abril de 1974.
Em 1982, tornou-se membro do Conselho de Estado, abandonando estas funções dez anos depois, quando saiu da liderança do PCP.
Além das suas funções na direcção partidária, foi romancista e pintor, escrevendo sob o pseudónimo de Manuel Tiago, o que só revelou em 1995.
Nos últimos anos da sua vida, sofreu de glaucoma, acabando por cegar.
Faleceu a 13 de Junho de 2005, em Lisboa, e no seu funeral, participaram mais de 250.000 pessoas. Por sua vontade, o corpo foi cremado.
Deixou como descendência uma filha, Ana Cunhal, nascida em 25 de Dezembro de 1960, fruto da sua relação com Isaura Maria Moreira.



António de Oliveira Salazar





Nome: António de Oliveira Salazar
Naturalidade: Viveiro, Santa Comba Dão
Data de nascimento: 28 de Abril de 1887
Data de falecimento: 27 de Junho de 1970
Profissão: Professor Universitário, Ministro das Finanças, Chefe de Estado.


António de Oliveira Salazar nasceu a 28 de Abril de 1887, em Viveiro, Santa Comba Dão. Faleceu a 27 de Junho de 1970 e foi uma das grandes figuras da ditadura portuguesa.
A sua carreira profissional foi muito extensa. Foi professor universitário e ministro das finanças, entre 1982 e 1932. Presidiu o destino de Portugal, como presidente do conselho de ministros, entre 1938 e 1968. Fundou o Partido do Estado Novo e a União Nacional, entre 1933 a 1974 que substitui a ditadura militar. Com o falecimento de Óscar Carmona, Salazar decidiu exercer o cargo de Presidente da República mesmo não sendo da sua responsabilidade. Portugal foi o único país que recusou dar a autodeterminação aos povos colonizados. A política defendida por Salazar era o isolacionismo internacional. Essa política trouxe consequências negativas a nível cultural e económico.
Em Março de1961, dá-se uma revolta a norte de Angola que resultou na morte de alguns colonos civis. Salazar interveio mandando militares para lá. Salazar a 1969 teve de se retirar após ter sido vitimado por um hematoma craniano que lhe trouxe graves problemas cerebrais, que o conduziram à morte.




Mário Soares

Nome: Mário Alberto Nobre Lopes Soares
Data de nascimento: 7 de Dezembro de 1924
Naturalidade: Lisboa
Profissão: Político
Nome do Pai: João Lopes Soares
Nome da Mãe: Alberta Soares
Licenciado em: Ciências Histórico - Filosóficas e em Direito



Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu em Lisboa, a 7 de Dezembro de 1924 e é um conceituado político português.
Mário Soares licenciou-se em Ciências Historico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, e depois em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1957.
Filho do pedagogo e político da Primeira República João Lopes Soares, foi o fundador do Partido Socialista Portugês, em 19 de Abril de 1973.
A 28 de Abril de 1974, depois da Revolução de 25 de Abril, desembarcou em Lisboa, vindo do exílio, em Paris. Foi recebido, entre uma multidão de portugueses. Dois dias depois, esteve presente na chegada a Lisboa de Álvaro Cunhal.
Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros de Maio de 1974 a Março de 1975. Mário Soares foi um dos impulsionadores da independência das colónias portuguesas.
Em Março de 1977, iniciou o processo de adesão de Portugal à CEE e subscreveu, como Primeiro-Ministro, o Tratado de Adesão, em 12 de Julho de 1985.
Foi Primeiro-Ministro de Portugal nos seguintes períodos:
Governo Constitucional entre 1976 e 1977;
Governo Constitucional em 1978;
Governo Constitucional entre 1983 e 1985.
Foi Presidente da República entre 1986 e 1996 o 1º mandato de 10 de Março de 1986 a 1991, 2º mandato de 13 de Janeiro de 1991 e a 9 de Março de 1996).
Deputado ao Parlamento Europeu entre 1999 e 2004. Foi candidato a Presidente do Parlamento, mas perdeu a eleição para Nicole Fontaine.
Fundador da Fundação Mário Soares – 1991.
Em 13 Dezembro de 1995, assumiu a Presidência da Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos; em Março de 1997 a Presidência da Fundação Portugal África e a Presidência do Movimento Europeu; em Setembro a Presidência do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água. Como expressamente da república, é também Conselheiro de Estado.
Foi, em 2005, aos 80 anos, o segundo candidato, após Jerónimo de Sousa pelo PCP – a assumir a candidatura à Presidência da República após alguns conflitos no PS, principalmente com o seu amigo de longa data Manuel Alegre. Na eleição, a 22 de Fevereiro de 2006, obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos.